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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O realismo das relações de trabalho



O termo relações de trabalho é bastante utilizado nas políticas de diretrizes e estratégias organizacionais das grandes empresas.
Porém, o emprego disto é tão ilusório quanto o truque da moeda escondida na mão do mágico, em outros termos, é para inglês ver.

Em toda produção textual mais apurada e surrealista, os subordinados são visualizados de maneira igualitária em um processo democrático
Quando há expectativas de que estes processos funcionem, vem as questões hierárquicas e a demagogia das relações da alta administração e do chão de fábrica.
A maior característica disto é a inclusão de funcionários de baixo nível hierárquico em reuniões e workshops envolvendo profissionais de gabarito superior, ou seja
a pobre formiga irá assistir a discussão como se fosse um leigo em uma partida de tênis e irá sair de lá como um mero espectador em um filme de Almodóvar.

A divergência de opiniões com relação a tais processos é tão significativa que as discussões começam e silenciam em pouco tempo, pois a alta administração, média e até mesmo os níveis mais baixos(supervisão) acabam suprimindo informações que deveriam chegar ao conhecimento dos subordinados.

Mas até que ponto é saudável a ocultação de informação no meio profissional ? Onde seria conveniente aplicar a transparência destas relações no meio profissional ?

Em meio ao aumento da capacidade intelectual do ser humano, e não importanto seu nível hierárquico o acesso a informação é mais facilitado, a divulgação das questões impactantes na organização é sucessiva de prevenção e preparação do mesmo para o futuro dele mesmo e de seus colegas.
Não cabe deixar tal assunto a mão do departamento de RH, ou Capital Humano, ou DHO, ou como eu prefiro chamar, o velho Departamento Pessoal, pois os profissionais deste departamento não possuem ainda o conhecimento e capacidade desejada para as lides de um departamento tão importante que intercala e relação empresa-colaborador. Veja bem, temos tantos profissionais de excelente nível de compreensão deste delicado departamento, porém os melhores ocupam níveis estratégicos e acabam selecionando, nem sempre, profissionais com os conhecimentos do velho DP, traduzindo, folhas-ponto, folha de pagamento, encargos trabalhistas e demais rotinas bem conhecidas. Afinal, para que são desenvolvidos processos importantes como mapeamento de competências, cadeias de sucessão e outras questões de significativa abordagem teórica e pouquíssima aplicação prática ? Precisamos de pesquisas de clima manipuladas ? Ou de caixas de sugestões onde as mais fáceis de ser executadas são divulgadas e as reclamações são ocultadas ?

As relações de trabalho são desgastadas e antigas e moldadas pela teoria X no dia-a-dia empresarial, a teoria Y vingou em alguns lugares e a tal geração também, mas infelizmente o fantasma do tradicionalismo ainda norteia as relações e mascara os processos de melhoria que muitos fazem para mostrar o quanto atendem a processos de inovação.

Novamente estamos sendo enganados por nós mesmos e mascarando o desenvolvimento organizacional, tanto estrutural, quanto humano.

Espera-se um futuro melhor e utópico para as relações de trabalho, quem sabe conseguiremos alcançar 10% das teorias das novas escolas...