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terça-feira, 12 de julho de 2011

Ela é puro êxtase

Ela é daquele tipo que não desperta comentários, desconfianças, interrogações. Ela parece simplesmente existir, e existe, mexe com a imaginação de alguns e com a realidade de outros.

Fazendo o tipo boa moça, quieta, de olhar cativante, um anjo. Engana-se quem acredita nesta ingenuidade, surpreendem-se os que a conhecem de verdade.

A história começa com uma simples viagem a trabalho, um workshop, uma reunião chata com um bando de chatos sobre o mesmo assunto, tudo muito repetitivo, tudo muito normal. Mas quem disse que com ela as coisas são normais? De apresentação aqui, apresentação acolá a manhã e a tarde vão se desenrolando, até que eles marcam um jantar, um jantar que tinha tudo para ser chato, com aqueles chatos. Mal sabiam eles que ela iria atacar. Com uma roupa pouco formal e suas curvas insinuantes ela desfilou pelo restaurante até a mesa, os coitados que bocejavam em sua apresentação foram arregalando o olho e segurando o queixo a cada passo daquela dama da noite no salão. Ela sentou-se e começou a admirar o que poderia ser sua vítima, canalizando seu olhar sedento por prazer, mas aquele não deu certo, era um chato, de fato, um chato desligado que havia perdido uma noite que poderia ser inesquecível.

Do outro lado, em outra mesa, surgia um interessado, um forasteiro do mesmo grupo que não havia apresentado suas credenciais, mas ao mesmo tempo estava retomando o tempo perdido, começou a encarar a bela jovem, sugerindo que poderia algo mais, se ela quisesse, é claro. Ela se deixou levar e os dois se aproximaram, conversaram sobre os assuntos banais que eram os mais interessantes daquela noite, assuntos pelos quais os desejos se transportam, palavras inúteis que servem apenas de tapete mágico para a perversão. E assim foi.

Da companhia, vieram os chopp's, as gargalhadas, as coisas em comum e sem sentido e o início de uma recíproca de mãos bobas sob a mesa que incentivavam a prolongar aquela noite, ela sabia fazer isso, ela sabia que aquilo deixaria qualquer homem louco, e ele ficou.

O nobre cavalheiro se ofereceu para acompanha-la até o hotel que ela estava hospedada, um belo hotel da capital gaúcha, de encontro de executivos até assistentes dos assistentes. Ela fez um charme, ele deu a entender que aquilo era apenas o começo e ela sussurou em meio a um olhar malicioso que o transformou no mais virgem dos adolescentes:

- Vamos ?

Ele não disse nada, a seguiu até o elevador, e tomado por uma taquicardia surpreendente, a acompanhou feito um cão sem dono, enquanto ela o encarava com os olhos de um torturador profissional, ela sabia o que iria fazer, e fez.

Depois de entrar naquele quarto, nem Deus e nem o Diabo sabem o que ocorreu ali dentro, e dali sucedeu-se uma noite que só terminou no outro dia pela manhã, um beijo as sete horas da manhã, um até logo, uma taxa extra de hotel paga pela singela dama.

O pobre rapaz até hoje pergunta por ela a pessoas em comum, restou apenas aquela lingerie insinuante e mínima que coroou a noite mais inesquecível da sua vida, apenas uma lembrança que não será relembrada.

E ela continua sendo aquela boa moça, de boa família, aquela moça ingenua, um anjo de olhar cativante.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

homossexualismo ao redor

As interrogações sobre o título vão ser resolvidas agora, é símples, a distância porque não sou, mas tenho atualmente amigos homossexuais ao meu redor.

O tema foi sugerido por uma amiga, a Srta. Pauline Mespaque, e também por despertar tamanha curiosidade sobre a visão externa, e as vezes distorcida, de quem desconhece as razões para os indivíduos serem homossexuais.

Ao assunto...

Visão Geral: Desde os primórdios e pilares da nossa educação, crescemos ouvindo que menino gosta de menina e vice-versa, pois bem, isto cria em nossas mentes uma visão de que se atrair pelo sexo oposto é "certo" e se atrair pelo mesmo sexo é "errado".
Não adianta. Todos somos orientados a sermos aquele padrão imposto pela sociedade, seja vivendo debaixo da ponte, ou vivendo na casa mais rica da cidade, nossos pais desenham nosso futuro e querem que sejamos plenamente socializados, aceitando todos os costumes.

A escolha: Creio que aí está a questão que distingue cada ser humano. Chega um momento em que iremos escolher definitivamente o lado que vamos seguir, seja homo ou hétero, e aí que vem a questão de arcar com as consequências de sua escolha, muitos optam por abrir sua opção para o mundo enfrentando o que for necessário para ser feliz, para o hétero é fácil, ele é aceito automaticamente pela sociedade, mas para o homo é complicadíssimo, vou explicar logo mais.
A partir daí essa escolha vai interferir em todas as situações de sua vida, desde a ir a padaria até trabalhar em um alto posto executivo de uma multinacional. O mundo não está plenamente preparado para isso e nem o próprio optante está, então além de sofrer o preconceito externo ele acaba lutando contra o preconceito interno, pois chega ao ponto de esconder e se julgar como errado e lutar contra sua opção.
Neste momento pensamos, até onde iremos seguir a sociedade e abstermos de ser felizes? Até onde ela irá nos conduzir a lutar uns contra os outros por verdades mentirosas, inventadas para manter a sociedade sob controle e afastar as pessoas e as classificando como marginais, entenda-se por pessoas que optar por viver a margem dos costumes.

Consequências internas: Desde o início da opção, o indivíduo cria na consciência uma ideia de que o que faz é errado e condena a atitude de sí próprio e dos outros que fazer o exercício de divulgar sua opção sexual, o mesmo acaba indo para a reclusão e se afasta dos pais, dos costumeiros amigos de infância e torna-se antipático àquilo que sente e os outros também, ele se torna o maior preconceituoso e não vê isso, porque tem medo de encarar a sociedade e expor sua escolha a ela, torna-se refém dele mesmo e se esconde cada vez mais. É normal de se entender, afinal, todos escondem determinados comportamentos passíveis de julgamentos.

Há coisas que chegam a ser engraçadas, mulheres que tem vergonha de admitir a masturbação, que assistem filmes pornográficos, homens que são excessivamente fechados sobre falar verdadeiramente de seu desempenho sexual, sobre o tamanho do membro e as mais diversas situações. Este parágrafo foi para mostrar que todos passam por isso.

Consequências externas: Os pais e demais membros da família são os primeiros a não aceitar, os amigos também começam a excluir, poucos o aceitam em volta, na escola o grupo que pertencia começa a discriminar e ele parte para a solidão e busca de alguém pra conversar, assim se priva do passado e assume um novo futuro e personalidade que tem como comportamento o isolamento parcial da sociedade e a troca de informações apenas com seu grupo. No trabalho, o isolamento é mais crítico ainda, a estagnação é imposta e o preconceito é exercido de forma maçante, tanto explícito quanto oculto, as pessoas observam cada passo ou trejeito e depois vira motivo de gozação e chacota dos colegas, é sujo, mas é real, então esta pessoa acaba tendo a opção de conviver com isso ou abrir mão de sua trajetória profissional por ser alvo de preconceito.

Ponto final: O homossexualismo não é errado, não é doença, não é desrespeito, é simplesmente uma opção.
Porém, lamento informar, mas a sociedade está longe de aceitar isto, está longe de entender as razões de cada um e muitos dos julgadores, os "corretos", gostam e procuram homossexuais para satisfazer seus prazeres ocultos, mas perante a sociedade os condenam.
A nossa sociedade ainda não aceitou o negro, o índio, a mulher, as diversas expressões músicais, as religiões e todas as outras diversificações que sofrem com preconceito, e mesmo assim elas ainda existem.

A questão não é sofrer com o preconceito e sucumbir as regras, e sim lutar para conquistar seu espaço, respeito e admiração. Ser gay não é errado, ser gay é ser o que você quer, ser hétero é ser o que você quer.

Seja o que você quiser, mas seja você mesmo.