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domingo, 29 de maio de 2016

Participei do GOLPE e me arrependo amargamente


Há momentos em que estamos inflamados, buscando por uma justiça imediata, um alento para nossa insatisfação e recorremos até o maior dos absurdos para atingir nossos objetivos.
Pois foi isso que fiz, eu acreditei em justiça social, em igualdade, em uma nova realidade nos ramos estatais. Eu entreguei meu país a pessoas que não querem nos ajudar e só querem garantir o seu desonesto montante de dinheiro sujo.

Em Outubro de 2002, eu comemorei a vitória do Luiz, o metalúrgico, um cara dos nossos, um vileiro que nem eu, um cara que sofreu as dificuldades de ter crescido pobre e quis buscar o melhor para todos. Esse cara era nordestino, parecia que havia deixado suas origens para trás, mas quem foi pobre uma vez, sabe do que o pobre precisa. O Luiz pegou a faixa presidencial e falou em um tal de pacto pelo Brasil, criou uns programas muito legais e aproveitou aqueles que o Fernandinho havia criado e os melhorou. Era perfeito, um governo seguindo políticas do outro. Mas então, próximo à mais uma eleição, estourou um escândalo, o mensalão, em que todos os partidos recebiam uma mesada e aprovava projetos e trabalhava em prol do executivo, houveram CPI's, e essas CPI's geralmente não servem de nada, mas então todos esqueceram do mensalão, o Luiz se reelegeu e então as coisas mudaram, a vassoura nova parou de varrer tão bem, o governo só pensava em petróleo , petróleo e petróleo, o povo era acionista de uma das maiores petrolíferas do mundo, mas nada o povo recebeu. O negócio era fazer plataforma, liberar financiamentos altíssimos e empregar uma parte da população nisso, mas tanta bondade se refletiu em mais dinheiro para aumentar a governabilidade.

Daí por diante, tivemos a primeira presidente mulher do país, um fato que enriquece a democracia, porém a Vana não tomava decisões, ela só cuidava do cachorro, levava pra passear, alimentava, mas todos já sabiam o que fazer, era só manter a máquina lubrificada com muito dinheiro e ir usando toda estrutura possível para ninguém ficar insatisfeito e fazer que nem o Jefinho fez no mensalão e colocar a porcaria no ventilador.

O resultado?

Estatais e seus fundos de pensão quebrados e necessitando dinheiro do povo para se recuperar, povo endividado, país endividado, saúde cada vez mais precária, educação de quantidade e não de qualidade(estudantes de nível superior vem decepcionando as empresas), segurança cada vez pior, não há sistema carcerário, saneamento básico inexiste em muitos lugares do país.

A solução que vimos foi substituir um esquema de corrupção por outro, pois o Michelzinho também não trabalha com gente honesta, e se tudo der certo, em breve irá cair também, assim como quase toda câmara e senado, assim como diversos governos estaduais e municipais, sim, a política brasileira merece ser passada a limpo.

Eu me arrependo do GOLPE, o golpe de comemorar a vitória do Luiz em Outubro de 2002. Eu juro que mal sabia que isso iria terminar dessa forma, mas é melhor tentar curar o mal da corrupção agora, do que procrastinar e deixar o tempo cuidar disso, coisa que brasileiro sabe fazer muito bem.

Compartilhe e prova que leu o texto é que concorda comigo. E faça as pessoas que não leem compartilhar por causa do título.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

FEMINISMO, parece que inventaram essa semana

Dividir para conquistar - dizia um grande estrategista de guerra.

Parece ser a primeira lição a ser aprendida pelo movimento feminista.

O feminismo é um movimento importante, tão importante que a maioria do nosso país é mulher, a maioria do nosso país precisa se mobilizar, de maneira estratégica e organizada.

As lideranças do movimento no Brasil possuem ideologia política definida. O que é um erro. Se abraça a políticos que pouco trabalham pelo movimento, pouco se mobilizam pelas mulheres, que não age com pró-atividade. Talvez com o caso dessa menina, o que é muito triste e levou a uma comoção nacional, consigam emplacar mudanças consistentes na legislação e na ostensividade das autoridades.

O erro em se associar com ideologias políticas atrasa o movimento, não consegue força no congresso e, dependendo, dos políticos, banaliza suas pautas.
Quando o movimento feminista se alia com movimentos de minorias e de outras causas, perde força, perde finalidade, espalha a pólvora ao invés de cravar um tiro certeiro. A forma de enxergar o movimento como revolta, conjuga certa imaturidade de forma política. O movimento feminista deve ser visto como evolução, e não de revolta, pois a revolta não leva a convergência, leva ao embate, leva a dúvida.

Quando leio os manifestos de grupos e lideranças feministas, o que menos consigo chegar na interpretação é de necessidade de promover a igualdade, a interpretação conduz a uma estratégia diferente, com agressividade excessiva, com ódio, com rancor.

As pessoas precisam entender que uma das coisas mais importantes para a humanidade é promover essa igualdade, criminalizar os atos contra a mulher de maneira consistente, já passou da hora de haver pressão popular sobre quem diz que representa a mulher, e na hora da verdade não briga pelos direitos da mulher, que não forma uma legítima bancada em defesa da mulher.
Não adianta se criar um partido da mulher, uma bancada feminista, grupos, manifestações, tudo isso, se na hora da verdade, na hora de empurrar PL na câmara, na hora de pressionar a delegacia da mulher, as forças parecem que se dissolvem.

Sabe o estupro do Piauí? Os menores foram liberados. Sabe o estupro de mais de 30 agressores? Se tiverem menores de 18 anos, ou serão liberados, ou não cumprirão pena adequada. Vocês concordam com isso? EU NÃO.

O movimento feminista precisa de melhorias, precisa de organização, precisa de foco.
Uma luta tão importante e nobre precisa de verdadeiras guerreiras, de sobriedade e respeito.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Doença Terminal Profissional



Eu sei, amigo. Tá difícil, complicado mesmo.
A vida não está fácil. As coisas custam um absurdo, o dinheiro não acompanha o mês.

O desemprego vem e toma nossos sonhos, reduz nossas ambições, negativa nossas expectativas.
A conversa não rende mais como rendia. Não nos sentimos tão donos de nossos assuntos preferidos como antes, andar de cabeça erguida fica mais complicado, estamos pesados, com a aura turva, se é que existe aura.

As contas chegam, o dinheiro é limitado, restrito, reservado, curto. Tem um seguro desemprego, parece um alívio, parece, pois acaba, dura dois, três, cinco meses, serve para um alívio a curto prazo, mas essas manchetes de empresas fechando nos deixa com a esperança em baixa, não se fala coisa boa.

É, fica mais difícil sorrir, fica mais complicado ter paciência, esperar, o que? Um convite? Pode ser. Tenho amigos nas empresas, será que eles me ajudam? Difícil, complicado, estão cortando na empresa deles também, o responsável pela área não gosta do teu estilo de trabalhar, é complicado mesmo.

Aquela frase de uma pessoa querida dizendo que eu deveria voltar ao fundo do poço porque eu discordava dela politicamente fica fazendo sentido, fica martelando, acompanha em cada momento triste, em cada não, em cada desilusão.

Entrevistas. Muito poucas. O currículo assusta. O currículo é específico. Não há conversa, não há avaliação, não há possibilidade.

O dinheiro está acabando, as pessoas que te recrutam não dão feedback, os amigos que te pediam favores sumiram, pessoas não éticas fecham nossas portas.

Pode parecer exagero, mas é o cotidiano de um desempregado, o cotidiano de mais um dos 11 milhões de desempregados.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

A Geração perdida

Engraçado quando ouço que nossa geração está perdida. Que o país vai pelo pior rumo se depender de nossa preocupação com o futuro, essas coisas.

A Geração que implantou o jeitinho brasileiro aqui não é a nossa, a geração que administra o país, os estados e municípios também não é.
A conversa é de que nos deixaram um país melhor e estamos estragando ele, será que é isso mesmo?

Hoje, o funcionalismo público é fortemente ainda ocupado pela geração anterior, a que quer estabilidade e aproveitar o descanso funcional que o serviço público proporciona, temos repartições com pessoas que só vão para bater cartão e bater papo, as Polícias também tem seus pendurados e por aí vai...
O jovem reclama, chora por oportunidade, estuda e não contenta o mais velho, porque não tem experiência, pois não pode trabalhar aos 13 anos que nem os antigos faziam ou sair por aí vendendo coisas, pois o próprio antigo faz resistência e escanteia o jovem do mercado de trabalho.
A violência, será que é herança nossa? Acho que não, pois a geração anterior não pensou no crescimento, ela pensou um Brasil que não iria ter desenvolvimento populacional, fez o que tinha que fazer e parou, e hoje, ela mesma se faz de desentendida quando nos faltam escolas, hospitais, moradia e presídios.
Hoje, a periferia é periferia porque não houve um projeto de verticalização e as cidades alongaram-se, ficou para a geração de agora verticalizar o desenvolvimento urbano, explorar zonas sem saneamento e eliminar as condições sub humanas que parte da população ainda vive.
A geração que fez muito ainda dificultou o caminho da mulher, não lhe deu igualdade, ignorou a sede delas por trabalho, educação e pelo amor.
E ser gay então, esse termo nem existia, era puto, maricas, machorra ou sapatão. Os pais os expulsavam mais, reprimia-os, sentiam vergonha dos próprios filhos e estes carregavam as cicatrizes da intolerância, os gays "não existiam" porque eram privados da liberdade.

Enfim, eu não quero criticar as gerações passadas, só quero mostrar a eles que estamos tentando consertar nosso futuro. Tentar tornar a sociedade mais igualitária e corrigir seus erros.
Nenhuma geração é melhor que a outra, afinal, uma é resultado da outra.

O medo de atravessar a rua

 
É engraçado, e isso me ronda até hoje, apenas a lembrança, mas ficou a lição. Mas quando eu tinha 12 anos, meus pais se separaram e, nesse período, vem as visitas do papai para buscar o filho para passear, e num desses dias, quando íamos até a casa da Vó.
 Sei lá se meu pai estava
com o pensamento longe, mas quando estávamos cruzando a rua, um carro em uma velocidade mais alta bateu no carrinho que o pai tinha, nós rodopiamos, subimos uma esquina.
Depois de ir ao hospital, ver se estava tudo bem, ganhar carona da polícia, eu fiquei com medo de atravessar as ruas, esperava eternidades por medo de um carro me jogar em uma beira de esquina, e assim fiquei por alguns anos, assim como superei e me tornei um dos melhores atravessadores de rua do mundo, hoje venço desafios diariamente graças a minha coragem de atravessar ruas movimentadas e amedrontadoras, seja em Bagé, Pelotas, Rio Grande, Porto Alegre, Curitiba e São Paulo.
Pois bem, nada mudou, nesse meio tempo conheci gente, muita gente, ricos, pobres, os comuns "pobres metidos a rico", os chatos que nem eu, os inconsequentes, os GLBT, os bandidos, enfim, todo o tipo de gente, aliás, passei tantos anos observando pessoas que aprendi um bocado sobre comportamento, e tiveram pessoas que me fizeram novamente ter medo de atravessar a rua, ou melhor, atravessar suas ruas, ou vidas.
Quando piá, achava que o valentão do colégio era o tipo mais temido, os playboyzinhos maconheiros que faziam o que queriam por causa de papai, depois conheci o assaltante, depois os puxadores de tapete das empresas, os gerentes/diretores egocêntricos e prepotentes, e como o tempo passa e vou conhecendo estes tantos tipos, vou me especializando em lidar com essas criaturas.
Hoje posso dizer, o que aprendi é extremamente útil a batalha do dia a dia, e faz com que eu veja que todos são homogêneos no que diz respeito a sentir medo, a ameaça e também o contrário, o que os alenta e remedia.
Enfim, quando descobrimos que todos somos humanos cercados de interrogações e movidos por instintos, é por aí que vêmos que todos não são super humanos, mas todos podem atravessar ruas sem medo e com a habilidade de um especialista no assunto.