Posts Mais Acessados

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Livros são difíceis

Quando alguém diz que leu mais de 20 livros em sua vida, confesso que, sinto inveja de tal edificação cultural.
Sempre vi muitas pessoas tipificar as outras por não terem lido tal número de títulos conhecidos, ou nem tanto, e vi pessoas de invejável sustentação intelectual exclamar o mesmo que eu, que temos baixa rodagem literária.
Eu escrevo, pouco, eu sei, mas me esforço, prestei atenção nas aulas de português e sempre li um vasto número de fragmentos textuais, crônicas, livros curtos, gibis. O Maurício de Sousa me ensinou a ler, transpareceu a construção de ideias e a articulação, ele moldou meu entendimento de histórias e suas histórias mais curtas estimularam meu perfil de diálogo dinâmico sobre histórias complexas, teve o David Coimbra também, que me conquistou com folhetins cotidianos e textos dúbios. Tais autores sustentaram a coluna vertebral do meu entendimento de leitura.
Hoje, escrevo de forma intuitiva, ideia direta e sem rodeios, pois não escrevo para pessoas muito ignorantes, mas aos pouco ignorantes, e assim posso dizer muito escrevendo pouco.
Eu lamento não poder usar bases como Machado de Assis, Nietzsche, Marx, Foucault ou Rowling, mas posso fazer um arroz e feijão com fragmentos de Sócrates, Platão, Sousa e Coimbra, os meus heróis.

Então. Tu não sabe ler também?

domingo, 28 de setembro de 2014

As placas de trânsito

Já parou pra observar as placas pela estrada em uma viagem?

60
80
100
110
40
80

Mais ou menos por aí...

Às vezes, mal fizemos a quinta marcha e já encontramos uma placa de velocidade inferior.
Aí dá pra se perguntar:

-Será que isso é preciso?

Sei não. Mas dá pra arredondar um trecho inteiro para uma velocidade só. 
O que acontece é que não temos rodovias capacitadas para podermos andar em velocidades maiores e que possibilitem um bom número de veículos. Ou seja, os limites conservadores de velocidade se dão por nossa ineficiente engenharia de trânsito, que caminha a passos de tartaruga rumo a uma situação melhor.

Para tanto, seria necessário um investimento sério de nosso Ministério de Transportes e um rigoroso controle de gastos, mas é mais cômodo entregar rodovias antiquadas e precárias a iniciativa privada.

Pague o pedagio e seja feliz.

Abraço!

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Sou Estagiário, e você? [Capítulo 2: A entrevista, o princípio]

Para quem não leu o primeiro capítulo, segue o link: Capítulo 1

E haviam outros candidatos, sim senhor!
Sim, começaram a se amontoar, chegou uma patricinha usando uma roupinha colada e nossa, mas nossa mesmo, ela tinha um corpo maravilhoso, bom, mas voltando, também tinham uns almofadinhas, um militante de esquerda e uma nerd tímida(parece pleonasmo, mas não é!).
Tinhamos todos estes exemplares de candidatos para a mulher ou homem da entrevista, sei lá quem era, a guria da recepção pouco de informação liberava para que eu me acalmasse.

Então, fiquei sentado ali, fingindo ter autocontrole para que eles pensassem que eu estava melhor preparado, que eu levaria aquela vaga com facilidade, mas no fim das contas, eu não tinha experiência alguma, o máximo que eu sabia era que tinha horário para entrar e sair destes lugares.
Ora, porque não conversei com alguém "ativo" antes, ativo profissionalmente, para que me desse um caminho. Não, não. Preferi a minha soberba adolescente como pilar de minha entrevista. Fiquei olhando para aqueles extraterrestes, e pensando, o que cada um era, ou o que parecia, e tentando tirar conclusões até que soltei:

- Er... e aí pessoal, todo mundo aqui é pra entrevista de estagiário ? (tentando ser simpático).

Todos responderam, meio sem graças, na verdade eles eram sem graças:

- É...

Depois de toda a indiferença da recepcionista, ainda tive que aturar a deles, eu estava inquieto, perdido em uma sala cheia de estranhos, precisava de água, sim, água, fui até o bebedouro e peguei um copo. Porque colocam esses copos plásticos em lugares tão chatos de retirar? E tem casos que o copo quebra também, ê dificuldade. Servi um pouco de água e fiquei em pé ao lado do bebedouro, ao que, por uma perda de atenção(acho que tenho problemas mentais), apertei o copo d'água e esse rachou e vazou água na minha camisa, é, aquela que a mãe incomodou para vestir. Pensei que não tinha mais o que dar errado, até que surge uma mulher no fundo da sala, saindo de uma porta atrás da recepcionista...
Era ela, a rainha de copas, a entrevistadora.

Ela veio e convocou:

- Pessoal da vaga de estagiário. São vocês? (balançamos a cabeça) -Ok. Me acompanhem.

Chegamos em uma sala maior, com algumas cadeiras, uns papéis, um círculo de cadeiras, era isso, só faltava uma fogueira, acho que para isso os papéis, sei lá, minha imaginação está aguçada.

Ela nos ordenou: - Sentem. Nós sentamos. Dei mais uma reparada na menina da calça colada(aiai!), e suspirei conformado, porque será que não haviam duas vagas?

A entrevistadora começou:

"Então, boa tarde, meu nome é Denise, e serei a responsável pelo processo de seleção de estagiário para o setor administrativo, a empresa não poderei revelar, mas é uma vaga com boas chances de crescimento..."

Ora, uma possibilidade de crescimento(mal sabia eu que esse papo era super manjado).

Prosseguiu ela:

"...o horário blablabla... blablabla... vamos começar... quais suas experiências anteriores?".

Experiências? Como assim? O que ela queria?

No próximo capítulo de "Sou Estagiário, e você?"

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A casa do Obama e a casa do Zé

Agora há pouco, vi no Jornal Nacional que um maluco pulou a cerca da Casa Branca americana, sim, só um maluco pra fazer isso.
A partir disso, a segurança prometeu ampliar o perímetro para que a autoridade máxima americana sequer sinta um sopro de insegurança em suas proximidades.
Depois disso, lembrei daqui, da realidade conturbada que vivemos em Rio Grande, e no Brasil como um todo. Está difícil ousar caminhar pela cidade com tantos relatos de assaltos, mortes e obscenidades do cotidiano. Ora é um homicídio, ora é um estuprador solto fazendo vítimas.
Nisto, cabe a nós, meros mortais, pensarmos, será que vale a pena sair por isso ou por aquilo? E se eu não voltar? Essas coisas. Acho que nunca vi uma realidade tão cruel como estamos enfrentando hoje, pouca força policial, mesmo com a dedicação destes, mas infelizmente a boa vontade não faz volume em uma cidade com tanto desenvolvimento insustentável.
Hoje, está muito complicado controlar uma população que cresceu de forma intensa nos ultimos 4 anos e que conta com o mesmo policiamento, ainda que, este esteja em pequena parcela em nossas ruas.
O cidadão riograndino assiste a estes abusos da criminalidade de mãos atadas e torcendo para que não aconteça a sí próprio e as pessoas que ama. Penso que de nada adianta tentar achar soluções já que o Governo do Estado pouco pensa no berço do Polo Naval gaúcho e o Nacional deixa, geralmente, seus projetos pela metade.
Que possamos confiar nosso futuro a um bom acaso, pois já desistimos de acreditar nas pessoas e em nossos governantes.
Pelo amor da segurança! Abraço Brigada Militar e Guarda Municipal, sabemos que o possível é feito por vocês!

Enquanto isso, proteja sua casa e família, viu Zé!

sábado, 20 de setembro de 2014

Salvem as próximas gerações

Se não gostas de outra raça, de outra religião, de outra opção sexual, de outra ideologia, enfim, de qualquer outra coisa.
Tudo bem.

Isso é um problema seu.

Mas não passe isso adiante, não ensine seus filhos a preservar seus gostos e preferências.

Na questão racial, é de conhecimento público que o negro  a escravidão e até hoje é discriminado por boa parte da sociedade sofreu com não-negra, ok, mas sou contra ensinarmos isso nos próximos ensinos fundamentais e médios, uma etapa de formação da mente humana, onde tudo que é absorvido é julgado com imaturidade, com isso, não é a hora da criança saber que o negro foi escravo, e sim de transmitir igualdade.

No âmbito religioso, o batismo já é um erro comum de submeter um novo ser a uma religião preestabelecida, e evitar que ele escolha ter religião ou não.

Se tu és heterossexual e te orgulhas disso, parabéns pra ti, respeita o próximo e evita soltar a imbecilidade ao teu filho como: "isso é coisa de viado", "olha o boiola ali", isso vai poupar ele de saber mais adiante que és um imbecil. O fato de não externares isso também vai ajudar ele a suportar uma sociedade mais igualitária e que respeita as minorias.

Por fim, se tu fazes qualquer coisa que, sério, não interessa pro outro porque tu gosta, conserva pra ti, deixa a tua próxima geração aprender, aceitar ou não, e evitar o que deseja.
Temos que prover segurança, integridade e valores a nossos filhos, mas interferir em seu modo de julgar as coisas é péssimo.

Toca aqui quem deseja salvar a próxima geração!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

a nobreza dos animais com os animais

Hoje, enquanto falava sobre instintos, animais, essas coisas, lembrei de uma coisa tão natural, mas tão esquecida que hoje é tratada como gesto de nobreza.
Os bons tratos com os animais parece ser uma prática difícil nos dias atuais, uma boa parte dos seres humanos não respeitam os outros animais, que dividem o mundo conosco e, por incrível que pareça, não causam de longe a agressão á natureza que insistimos em chamar de evolução.

Estes amigos, me referindo diretamente ao cão e gato, que são animais de habitual convívio com o homem, são muitas vezes maltratados, espezinhados e incompreendidos pelo nosso egoísmo, pois muitos indivíduos só admitem cuidar bem dos seus próprios animais e desfazem os "amigos" que cruzamos por aí nas ruas precisando de um mínimo de atenção e consideração.
Desde pequeno, cresci tendo vira-latas e cuidando muito bem destes seres maravilhosos, nunca fiz questão alguma da raça do amigo, mas apenas que ele fosse dócil e companheiro, o que quase todos são.

Tem aquelas pessoas que compram animais, por interesse em alguma peculiaridade na raça ou ostentação, e tem aqueles que pagam para terem cruzas rentáveis.

Na minha vida, aprendi que o amor não se compra e nem se vende, mas se vive com quem gostamos e quem gosta da gente, e com os animais não é diferente.

Quando será que iremos aprender que nada substitui o amor verdadeiro, de seus pais, de seus amores, e se seus cãopanheiros.

Por um mundo de nobreza, nobreza sentimental.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Odeio pesquisas eleitorais

Eu voto na Luciana Genro, com certeza.
Pode ser filha do Tarso e bibibi, mas vejo alguém que entende de política e tem uma idéia clara de governo ficar imersa neste mar de peixes marcados chamado de resultado de pesquisa eleitoral. Eu as detesto. Adoraria ver essa máquina antiquada de concentração de votos acabar.
É triste ver como a falácia dos Maria-vai-com-as-outras é um resultado real da democracia brasileira, isso dinamita a liberdade de escolha.
Tu podes não gostar dos 3 candidatos que concentram a imensa maioria nas pesquisas, mas precisa votar neles para se sentir intervindo no futuro do país.
Isso é falsa democracia, é como escolher o torturador que aparenta ser mais bonzinho e irá te matar com um tiro apenas.

Nosso conceito bonito, no discurso, chamado democracia, nada mais é do que uma ilusão de que podemos decidir nosso futuro sendo que ele já é definido antes mesmo das chapas consolidarem seus representantes.

Mais uma vez, provamos do sabor amargo de nosso dever de cidadão, o do falso voto.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

A Cratera da Valporto

Passei hoje pela Valporto e havia uma cratera, sim, uma significativa, que nem aquela que já tem um cavalete ao lado refinaria a caminho da Barra, ou tipo aquelas da Presidente Vargas, ou os da via nove.
Crateras. Para quem lembrava que a Lua era um terreno bem irregular, aqui nós temos algo similar. Penso inclusive que nosso poder público circula pela cidade em um jipe Hammer ou em tanques de guerra, pois é a única maneira de não observar.
Claro que a inércia do povo colabora com a paciência política que parece não ter fim, mas a situação não para por aí, pois não vemos nenhuma chance de reparo nas crateras riograndinas.
Sinto muito, mas quem tem carro vai continuar derretendo sua suspensão e xingando a Prefeitura e Secretaria de Transportes em silêncio. Se bem que, para reduzir a velocidade de veículos no trânsito, nada melhor do que espalhar buracos e manter o trânsito caótico nas principais arteriais do município.
Parabéns Prefeitura e Secretaria Municipal de Transportes de Rio Grande.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Um mundo que só a Prefeitura de Rio Grande vê

Semana passada vi uma propaganda da Prefeitura Municipal de Rio Grande, e neste eram divulgadas as melhorias feitas pelo PT em nossa cidade.

Lembrei de uma coisa.

O candidato, quase derrotado, a presidente da República, Aécio Neves, disse que o PT vive em um mundo paralelo, uma realidade virtual. Pois bem. Foi isso mesmo que vi naquela propaganda.
O nosso prefeito diz que realizou inúmeras melhorias por nossa cidade. Desde a Educação até a Pavimentação nos bairros. Então. Será que é isso que temos?
Vejo ruas esburacadas, estradas intransitáveis, criminalidade sem fim, a cidade beira o caos, e olhe que já morei em outros locais e nunca vi tanto "atiramento" como vemos hoje.
Se discordas de mim, abra o grupo "Rio Grande Atento" no Facebook, onde o povo berra por soluções e nada é feito para ajudar a estes.
Estes dias tinha um post no Facebook do tal Alexandre, ele falava que vândalos arrancaram sua paradinha de ônibus que foi trazida do Lego para nossas ruas, mas ele não cogitou nem mesmo que o vento estava forte e persistente nestes dias, apenas se preocupou em fazer marketing negativo sobre seu pequeno feito.
Se fizermos uma avaliação do governo, o que será que teremos? Tem gente que se aproveita da situação e pede o retorno do antecessor, que também pouco fez por essa pobre cidade.
Rio Grande recebeu uma obra de enorme dimensão e pouco evoluiu como cidade, é um amontoado de irregularidades e insegurança. Hoje, as pessoas não sentem mais vontade de sair para alguma atividade de lazer, seja de dia ou de noite, pois não se sabe se vai voltar para casa, se vai no seu carro, não sabe que hora vai chegar e se vai chegar com integridade no seu destino.

Nós esperamos por soluções, e de maneira geral, em educação, saúde e segurança.
A vida é mais do que uma chuva de oportunidades de trabalho em uma cidade bagunçada, a vida é a oportunidade de ser feliz em todos os sentidos.

sábado, 13 de setembro de 2014

A mídia e o Exu de Duas Cabeças

imagem de carolcampos.com.br

Atenção. Cuidado. Respeite a mídia.

Esta máquina de mobilização social tem poderes até agora ilimitados. Ela te faz o melhor dos heróis, e também pode te transformar no pior dos bandidos.

Vejam. A torcedora gremista Patricia Moreira teve sua casa incendiada, ontem mesmo, por uma meia dúzia aí que tomou a palavra macaco como centro de seu ódio. Acho que o racismo nem será o centro de minha análise, mas o poder que a mídia tem de fazer o que ela quer com seus pensamentos e ideologias.

A indignação do Sr. Aranha trouxe a mídia do centro do país a imagem de uma torcedora qualquer, uma cidadã comum, que pronunciou aquela trissílaba no auge da sua, vejam, também indignação com o gesto antidesportivo do Sr. Aranha, que ficou deitado em seu perímetro atrasando a partida. Bom. Com isso, a Patricia acordou no outro dia sendo mais odiada que a carga tributária do país e comparada a Adolf Hitler na mais intensa das discussões.

A Rede Globo, ampla divulgadora do escândalo, fez questão de explorar o gesto da forma mais sensacionalista possível. Sua imagem dizendo pausadamente a ofensa ao goleiro, foi veiculada em todos telejornais de forma negativa, obviamente todas as demais emissoras fizeram o mesmo. Estas organizações acaloraram o gesto com discurso em cima de discurso negativos acerca do fato, levou a retratação da moça a seus programas e não foi o mínimo imparcial em seu julgamento.

É importante notar que a imprensa do centro do país despreza os times da dupla grenal e se aproveita de qualquer falha que haja na atividade dos mesmos. Distribui por aí o rótulo de truculência no nosso estilo de jogo, a imagem de diferenciação que tendem a espalhar do gaúcho, que honra seu estado porque é uma individualidade sua e não precisa propagar isso, pois é um orgulho de uma história, um íntimo de uma pequena população.
A mídia, em outros incidentes, com clubes do centro do país, foi cuidadosa e adotou um discurso sereno para os fatos. A mesma passa a mão na cabeça de torcidas organizadas bandidas e minimiza os efeitos de seus escândalos por tamanha parcialidade, uma parcialidade regional.

Sabemos que a Patricia errou, ela também sabe, ela se arrependeu. Não sei quem foi que ateou fogo em sua casa, se era negro ou se eram os gaúchos que colocaram fogo no CTG de Livramento, mas sei que quem pratica justiça assim, não precisa ter sua casa queimada, mas precisa arcar com seu dever de cidadão, de ir para a cadeia por ampliar uma já criminalidade.

Hoje, esta pobre nação é assolada por TODOS os tipos de preconceitos possíveis, xenofobias, e injúrias raciais, de orientação sexual, religiosas, sei lá, qualquer coisa aqui é motivo de preconceito.
Precisamos agradecer a mídia a nos ajudar a pensar e ter influência direta em nossos julgamentos.

Fazendo referencia ao título, a mídia é o exu de duas cabeças, seja para o bem ou para o mal, ela pode dizer o que quiser sobre nós, e se for negativo, pode ser a hora de começarmos a nos preocupar.