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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Livros são difíceis

Quando alguém diz que leu mais de 20 livros em sua vida, confesso que, sinto inveja de tal edificação cultural.
Sempre vi muitas pessoas tipificar as outras por não terem lido tal número de títulos conhecidos, ou nem tanto, e vi pessoas de invejável sustentação intelectual exclamar o mesmo que eu, que temos baixa rodagem literária.
Eu escrevo, pouco, eu sei, mas me esforço, prestei atenção nas aulas de português e sempre li um vasto número de fragmentos textuais, crônicas, livros curtos, gibis. O Maurício de Sousa me ensinou a ler, transpareceu a construção de ideias e a articulação, ele moldou meu entendimento de histórias e suas histórias mais curtas estimularam meu perfil de diálogo dinâmico sobre histórias complexas, teve o David Coimbra também, que me conquistou com folhetins cotidianos e textos dúbios. Tais autores sustentaram a coluna vertebral do meu entendimento de leitura.
Hoje, escrevo de forma intuitiva, ideia direta e sem rodeios, pois não escrevo para pessoas muito ignorantes, mas aos pouco ignorantes, e assim posso dizer muito escrevendo pouco.
Eu lamento não poder usar bases como Machado de Assis, Nietzsche, Marx, Foucault ou Rowling, mas posso fazer um arroz e feijão com fragmentos de Sócrates, Platão, Sousa e Coimbra, os meus heróis.

Então. Tu não sabe ler também?

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