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Foto: PRF |
Na semana passada, tivemos alterações dos valores das multas de trânsito consideradas mais usuais e mais graves entre os condutores.
É evidente que estas infrações colocam em risco a vida de pessoas que usufruem das vias diariamente, mas também é uma forma bonita de inflar os cofres dos estados.
Veja bem, cito Rio Grande, temos um movimento no distrito industrial(Barra) de grandes proporções, milhares de veículos se dirigem nos sentidos Centro x Barra, Centro x Cassino, Cassino x Barra e Cassino x Centro, pois essa via é alternativa curta e mais rápida, por ser tráfego em BR, e facilita o nosso cotidiano, inclusive o meu, que trabalho na Barra.
Entre estes veículos, temos carros, motos, caminhões de pequeno, médio e grande porte, bicicletas e pedestres.
Em uma breve análise, podemos prever que a PRF irá, simbolicamente, parar com um bloquinho de multas e "fazer a festa" da arrecadação.
Mas, em contrapartida, estes investimentos não chegam aqui, não melhoram as condições de quem depende desse trânsito caótico e não ajuda em nada, pois estamos tendo que nos virar na Lei da Selva diariamente para não nos atrasarmos mais.
A pista é simples, dois lados, e muitos motoristas ainda utilizam o acostamento para se deslocar devido ao trânsito lerdo ocasionado por manobras irregulares e condutores que seguram toda a fila para poder atravessar a via em tempo menor, e acabam prejudicando os demais.
Vejamos os pontos de vista:
- Carros e Caminhões: As filas imensas impossibilitam o acesso via acostamento para quem precisa manobrar para o outro lado da via, pois o único ponto de acesso adequado para que o veículo para e não precise cruzar os dois fluxos é unicamente na frente do Estaleiro Rio Grande e para funcionários que possuem acesso aos estacionamentos dali, os condutores que trabalham lá, mas não com direito a estacionamento vip, e os que trabalham em outras empresas não tem a mínima acessibilidade ao outro lado e depende da boa vontade do condutor que vem atrás dele, o que está cada vez mais raro. A saída que os motoristas estavam tendo era atravessar a pista direto ao ponto de destino para não perder muito tempo com a travessia. Ainda assim, muitos carros, ônibus de linhas da cidade e caminhões trafegam irregularmente pelo acostamento da via colocando em risco a segurança de todos.
- Motos: É evidente que em quase todas as localidades do Brasil, as motos não seguem a conduta correta prevista no código de trânsito, e no nosso caso, nós precisamos quase que adivinhar por onde irão ultrapassar nossos veículos, pela esquerda, direita, na mesma pista, isso torna a convivência complicada e aumenta muito o risco de acidentes, mas também não vemos um plano para ao menos minimizar isso, e a viatura da PRF é ausência sentida no nosso dia a dia.
- Pedestres: Sim. São os pedestres que sofrem com essa loucura diária, eles não conseguem fazer movimentos na via sem perder muito tempo ou sem correr riscos, pois se eles ficam no acostamento, podem sofrer atropelamento, se vão para a pista também e se estão concluindo a travessia, a mesma coisa.
Desde que o nosso Titã chegou, não há uma proposta de melhoria na segurança da via, pelo contrário, foi inserido no meio da via uma barreira para as pessoas não atravessarem em um determinado ponto, mas quem precisa atravessar acaba precisando fazer isso em grupos e se submetendo ao risco de atropelamento coletivo por força de alguma possível imprudência de um motorista ou até mesmo a desatenção.
Sempre defendi a contrução de uma passarela ou um pequeno viaduto de acesso para os trabalhadores terem segurança em seu deslocamento, isso já evitaria parte do trânsito lento e o risco físico das pessoas, mas isso não possui a simpatia do Estaleiro, Prefeitura e Governo Federal, pois já tivemos diversos acidentes de veículos e podemos estar aguardando coisas piores para tomar providências, visto o caso do Trevo, na entrada de Rio Grande, em que precisaram de um bom número de mortes para se ver a real necessidade de readequação da estrutura para o trânsito da via.
Diante de tanta coisa, pergunto:
Onde está a Polícia Rodoviária Federal ?
Onde está a Prefeitura do Rio Grande ?
Onde está a imposição da Estatal Petrobras ?
Quantos acidentes e mortes ainda precisaremos para reconhecer o descaso ?
É bonito dizer que a cidade tem progresso, mas não é fácil reconhecer quando as mentes não acompanham.
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