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Divulgação: Detergentes Ayudin |
Mesmo não sendo católico, eu admiro o significado destes dois dias e a real importância deles dentro do princípio da religião.
Sexta-feira Santa é o dia do peixe, ou melhor, o dia de comer peixe, pois as pessoas associaram dessa maneira e a religião faz sua menção a relação de Cristo com o animal em algumas passagens bíblicas.
Infelizmente, o foco principal deste dia, que seria uma reflexão, um período de paz espiritual, já não é o foco dos cristãos, e sim uma desculpa para colocar o peixe em sua mesa e achar que está fazendo grande coisa.
Para quem crê na existência de Jesus e seus feitos, deveria entregar seu dia ao respeito e as celebrações da religião, enfim, é o que alguém que acredita nisto faria.
A Páscoa, que hoje está totalmente convertida em data comercial - Dia de comer chocolate - perdeu seu sentido quase que completamente, é o coelho, é o ovo, mas e Jesus? E a ressurreição? Nada! Igreja? Nem pensar. Hoje é dia de comer chocolate e ver a peça da crucificação a noite, e ponto.
E não é que a coisa vai bem por aí mesmo? As pessoas acreditam que um homem deu a vida por elas, ressucitou no terceiro dia, e o que acontece? Elas comem peixe na sexta e comem chocolate no domingo.
Parece um post gospel, mas não, é a comercialização da fé, mais uma vez. Mas neste caso, não é a igreja comercializando a fé, e sim a indústria e o comércio em geral, para eles a Páscoa significa ganhar dinheiro, não queira ir mais longe, pois não há uma causa nobre, os pescados sobem o preço e o ovo da páscoa chega a um patamar absurdo de valor.
A 'mercantilização' das coisas é apenas um exposto do que a sociedade vem passando, ela não sabe, mas ela vai deixando de acreditar no mítico, pois o mítico não integra seu dia a dia, não interage com ela, e começa a existir em parte. Basta se notar que quando novos, temos uma propensão bem maior a crer e nos engajar em uma causa, não é a toa que o catolicismo tem uma boa abordagem com a gurizada por conta destes movimentos, o movimento evangélico já faz questão de abordar todas as faixas etárias e atrair seu público constantemente para dentro da igreja, pois essa é a base da comunhão, é fazer aqueles que acreditam em uma mesa coisa persistirem, insistirem em sua crença, e com isso se atingir uma integração maior das famílias com a igreja.
Não é a toa que nas relações de fidelização, a igreja evangélica esteja em uma crescente histórica e o catolicismo em uma grave descendente, uma vez que, há de se fazer uma ressalva que a maior parte dos católicos se diz não praticante, ou seja, deveriam constar no grupo dos 'sem religião' praticamente ou em um grupo que faça menção ao fato de não praticantes.
É por essas e outras que a camada evangélica leva muito mais a sério estes feriados, organiza retiros, eventos de integração e celebram de fato as datas importantes a eles, dou meus créditos a outras religiões e grupos cristãos que também agem nesse intuito.
O restante só quer comer peixe e chocolate e achar que está contribuindo muito com a sociedade.
Enquanto isso, as duas indústrias, do pescado e do chocolate, essas tem uma enorme e destacada COMEMORA$$ÃO.
É que nem a história da rifa do cavalo morto...
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