Quantas vezes eu já ouvi essa frase.
E tenho certeza que muitos amigos e amigas já ouviram esta frase de alguém apaixonado.
O amor e a paixão são uma gangorra, e se nós fizermos bastante força, o outro lado não vai conseguir fazer a parte dele.
Além disso, ainda há os cheios de sí, os orgulhosos, os que não precisam, os autosuficientes, estes todos fazem um desserviço aos que querem viver todas as emoções com intensidade, querem viver um amor maior que suas vidas. Sim. Porque o amor é isso, é querer respirar, viver do outro, mas há de se concordar que esse jogo de egos, a batalha dos orgulhos dificulta as coisas.A vida já é complicada demais o suficiente, as pessoas conseguem complicar ainda mais.
A frase em questão é culpa destes fatores, mas ainda entra um pior, o comodismo, as vezes um laço é feito, por mais sem compromisso que seja, mas quando um dos lados rompe e não diz para o outro que não quer mais, o outro fica segurando um balão furado, é essa a sensação que os outros tem ao ver os amigos abrindo seus corações.
E o pior de tudo, o nosso balão está furado e não enxergamos isso, nós vemos ele um pouco menos cheio, e temos a esperança de, com um pouquinho de ajuda do outro, enchê-lo novamente. As outras pessoas já vêem que nosso balão está murcho, furado, e estamos o carregando feito idiotas para lá e para cá, eles tentam nos avisar, mas não enxergamos, eles dizem que o outro não quer nada com a gente, mas mesmo assim persistimos, acreditamos naquilo, por mais sem sentido que seja.
Daí que chegamos no ponto de nos tornarmos escravos, eis aí a pior parte, e de escravos não vamos a lugar algum, e vamos viver de sentimentos de subsistência, seremos alimentados pelos restos dos outros, viveremos de brechas nas suas agendas de compromissos que não deram certo, ou de encontros que não foram concretizados. O escravo acaba se alimentando de oxigênio e sonda em uma cama de hospital, mas ainda pensa que isso é amor, que isso é futuro, e ainda se indigna ao ver outro casal vivendo um amor intenso, recíproco e valente.
Da escravidão, chegamos ao pior ponto, que é o momento em que os olhos se abrem e se percebe que estava arrastando um balão vazio por um, dois, três meses, e é aí que se dá conta de que todo o esforço, o sofrimento não valeram de nada, pois aquilo só significou para uma pessoa, não para duas.
O problema é quem acha que aprendeu e logo mais adiante está carregando outro balão vazio, está passando tudo de novo, e acha que ainda assim está fazendo o certo e, por vezes, não percebe que a pessoa que poderia estar dividindo um balão cheio com ela está mais próxima do que imagina, só a espera de uma oportunidade.
Acredite, eu vi, vejo e verei muito disso ainda.
Tu também.
A gente sabe.
A gente sabe, mas a gente também se engana.
A diferença é quem percebe rápido ou não, a diferença é quando gostamos primeiro de nós e depois dos outros.
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