Abro um pacote da marca do indiozinho e a erva contida no mesmo é velha, passada, com o gosto ruim.
Já abri um, dois, três, quatro pacotes e é sempre a mesma coisa. E o pior é que o pacote vem fechado a vácuo, e eu ainda os aperto no supermercado pois já sei que posso me decepcionar. Logo, chego a uma conclusão, a erva é colocada sem a eficácia de um controle de qualidade interessado.
Hoje em dia, o consumidor paga caro pelas coisas, inclusive pela erva mate, e algumas vezes recebe produtos com qualidade inferior ao esperado, e a reação é quase sempre a mesma, pensamos que aquilo não é tão caro e que o azar foi nosso em comprar o produto.
Eu, prometo ao leitor, que no próximo pacote de erva mate velha, irei ligar, reclamar e bater o pé em cima de meus direitos. Ora essa, não é barato e o mínimo que exigo é tomar um chimarrão com erva nova, verdinha e cheirosa, e não com aquela palha moída e amarela, é decepcionante.
Lembrei que, estes tempos alguém achou um pêlo de rato em um produto, se não me engano era um quétichupe, e após muito alvoroço, compartilhamentos nas mídias sociais, a anvisa se pronunciou dizendo que existe um percentual de tolerância com pêlo de rato por grama nos produtos.
Fiquei estarrecido, pensando, em moldes de teoria da conspiração, que o pêlo do roedor pode se tornar um insumo, pois aplicado em níveis abrangidos pela legislação, seria uma saída barata para uma parte do produto, mas não é assim não, ainda acredito na boa fé de nossas indústrias alimentícias. Ainda bem que acredito.
Dentre estes e outros fatores, se formos pensando em ocorrências ao longo de nossa vida, tem a carne em má qualidade que os supermercados estampam nas prateleiras, escondem validades de produtos, repassam coisas velhas como se fossem novas. Temos o caso do leite, que sai do fazendeiro com aquele gostinho de vaca e no seu transporte é acrescentado água e outros aditivos prejudiciais a saúde, justamente para se abusar da boa fé do consumidor e satisfazer a ganância de meia dúzia de picaretas. E o desfecho? É um placebo de sabermos que a marca x tem o leite adulterado e podemos não comprar por um, dois, três meses, mas logo ela passa uma nota, se explica, e com uma boa promoção, estamos sendo reféns novamente.
Por essas e outras a nossa justiça é motivo de chacota, pois nem na cadeia do leite ela consegue dar resultado, quem dirá na cadeia de propina e superfaturamento, né?
Não é difícil reclamar nossos direitos, o difícil é ser respeitado como consumidor, é parar de ser tratado como um número de reclamação, um mero protocolo.
Enquanto isso, eu parei de comprar a erva do indiozinho, mas se por algum motivo eu tiver que comprar, ficarei de olhos bem abertos.
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